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Sabado, 02 de Novembro de 2024
UM ANO SEM A DONA DULCINÉA

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UM ANO SEM A DONA DULCINÉA

Ainda criança, aos nove anos, foi escolhida pelas autoridades locais

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Ainda criança, aos nove anos, foi escolhida pelas autoridades locais, para dar as boas vindas ao Governador do Pará, Magalhães Barata. Como professora noviça, destinava os proventos à sua querida mãe, Maria Paiva. Ainda jovem, casou com o "Raimundo Nonato dos Santos", que logo depois, pegou um apelido que virou sua "identidade": Truth. Trabalhou paripasso com ele, subindo os degraus da vida. Extremamente simples, dedicada, determinada e quando precisasse, sofisticada. Ia aos garimpos, fazer cobrança, quando o esposo estava em Londrina-PR, negociando revisão ou compra de aviões. E alcançava o triunfo, trazendo o "metal nobre", para solucionar os projetos. Antes e durante a sua casa de recepções EMOÇÕES, produziu mais de trezentas grandes festas para a sociedade itaitubense. Isso mesmo. Mais de trezentas. Não é erro de digitação. Quem viu, viu. Ainda têm muitas testemunhas oculares. Festas familiares e grandes shows, com destaque para Marco Monteiro, Nilson Chaves, Diane Freire, Banda Beatles Forever e o gigante Cauby Peixoto. Em espetáculos em grandes cidades, como Belém, Fortaleza, Foz do Iguaçú, Rio e São Paulo, fez o chamado "aplauso diferente" a Alcione, Beth Carvalho, João Nogueira e Cauby Peixoto. O próprio Cauby, certa vez, com a voz eloquente, me disse: "Oh, Luiz Henrique, a sua mãe é tão vibrante, que eu sei quando ela está no show, pelo som do aplauso. É diferente de todos".
Nos últimos anos, ela estava extremamente afetada por aromas. Não suportava a maioria de perfumes, alimentos, combustível e a "fumacinha" das missas comemorativas. Pois o neto dela, meu filho, o Lucas, também que se despediu fisicamente em fevereiro deste ano, foi a uma perfumaria e trouxe cinco produtos, para ela escolher qual que não lhe trazia desconforto. Ela definiu e se encantou com tamanha gentileza. Que grandeza!
"Quando eu estou aqui
Eu vivo esse momento lindo
Olhando pra você
E as minhas emoções sentindo
São tantas já vividas
São momentos que eu não esqueci
Detalhes de uma vida
Histórias que eu não contei aqui
Amigos eu ganhei
Saudades eu senti, PARTINDO
E às vezes eu deixei
Você me ver chorar, SORRINDO"
Num piscar de olhos, 23 de julho de 2.020. Um ano de saudades da minha mãe, a exuberante DULCINÉA MACÊDO. Que esteja ao lado do pai, querida matriarca!

 

FONTE/CRÉDITOS: Luiz Henrique Macêdo
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Luiz Henrique
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