Segundo os investigadores, o grupo transportava o ouro extraído clandestinamente de terras indígenas. Os agentes apreenderam mais de R$ 615 milhões em dinheiro e bens, entre eles, carros de luxo, joias e uma moto aquática.
PF prende 2 pessoas em operação contra transporte ilegal de ouro
A Polícia Federal fez uma operação em seis estados contra um grupo suspeito do transporte ilegal de ouro, extraído de terras indígenas — incluindo a Terra Indígena Munduruku. Duas pessoas foram presas e sete estão foragidas. Outros 19 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
As prisões ocorreram no município de Itaituba (PA), na região sudoeste do Pará, e os nomes dos presos não foram divulgados. A operação também mobilizou equipes da PF em Santarém (PA), Boa Vista (RR), Macapá (AP), Guarujá (SP), Curitiba (PR) e Goiânia (GO).
De acordo as investigações, em um ano, o grupo enviou do Pará para outros estados cerca de uma tonelada de ouro e movimentou mais de R$ 4 bilhões.
Segundo a operação Flygold II, a organização criminosa recrutava principalmente estrangeiros para despachar bagagens carregadas com ouro em voos comerciais. Os agentes apreenderam mais de R$ 615 milhões em dinheiro e bens, entre eles, carros de luxo, joias e uma moto aquática. Armas de grosso calibre também estão entre os objetos apreendidos.
“Apurou-se que os investigados recrutavam pessoas, grande parte estrangeiras, para o despacho de bagagens comuns cheias de ouro em voos comerciais”, detalhou o delegado Pedro Henrique Melo Carneiro, da Delegacia da PF em Santarém.
Ainda segundo a Polícia Federal, o ouro possui cotação em bolsa de valores, sendo que, por ter origem ilegal, a organização negociava o minério abaixo dos valores de mercado, criando uma espécie de mercado paralelo, um mercado B.
Carros de luxo foram apreendidos no município de Itaituba, região sudoeste do Pará

— Foto: Polícia Federal / Divulgação

Fonte:Jornal Folha do Progresso
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