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Sabado, 25 de Outubro de 2025

Ciência & Tecnologia

Empresa desenvolve método para criar gasolina sem petróleo que não exige mudança na estrutura dos veículos

Todo o processo de produção do novo produto é feito sem o uso do petróleo e utiliza apenas matérias primas como água e ar

Newto Santos
Por Newto Santos
Empresa desenvolve método para criar gasolina sem petróleo que não exige mudança na estrutura dos veículos
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Uma empresa chilena está desenvolvendo um novo combustível chamado de eFuel. O produto funciona como uma gasolina que não é derivada do petróleo, e grandes empresas, como a Porsche, já estão investindo na companhia

Uma empresa do Chile desenvolveu uma forma de produzir um novo tipo de gasolina que não é derivada do petróleo e que promete ser mais sustentável. Em prática, este combustível pode ser utilizado nos motores dos carros, aviões e navios, sem a necessidade de mudar a estrutura dos veículos. A nova gasolina recebeu o nome de eFuel e é uma criação da Highly Innovative Fuels (HIF). Todo o processo de produção do novo produto é feito sem o uso do petróleo e utiliza apenas matérias primas como água e ar.

Saiba como o novo combustível que não vem do petróleo é produzido

Gasolina Sintética eFuel – Reprodução/Youtube

Para que o combustível seja produzido, são utilizados eletrolisadores que são responsáveis pela divisão da água em oxigênio e hidrogênio, através do uso de energia eólica. A partir daí, o dióxido de carbono que é capturado pela atmosfera é filtrado e combinado com o hidrogênio da água, para que o metanol sintético seja produzido e convertido no eFuel.

Por mais que as grandes fabricantes de veículos estejam empenhadas na criação de carros elétricos, empresas como Volkswagen, Bosch e Audi também estão focando na criação de combustíveis sintéticos e de zero carbono que não são derivados de petróleo. Recentemente, a Porsche e outras empresas investiram US$ 260 milhões na produtora do Chile.

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A expectativa é que o local produza, ainda este ano, 130 mil litros do eFuel. O objetivo da empresa é que sejam capturados mais de 25 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano na atmosfera e produzidos 150 mil barris por dia do novo combustível.

De acordo com a startup, os postos de gasolina comum, ou seja, derivada do petróleo, não precisariam ser modificados, pois os consumidores poderiam apenas acessar as bombas existentes e encher seus tanques. Além disso, o eFuel pode ser transportado pelo mundo todo, assim como os outros combustíveis comuns são hoje em dia.

De acordo com o CEO e presidente da HIF Global, César Norton, a resposta da empresa ao cenário atual das mudanças climáticas é a descarbonização, que traz uma solução a nível global, tornando a expansão em mercados internacionais uma parte essencial da estratégia da empresa.

Porsche está investindo em novo combustível sintético

Neste mês, a multinacional Porsche anunciou investimentos de US$ 75 milhões na HIF Global para o desenvolvimento da gasolina que não é derivada de petróleo. De acordo com a montadora, a produção do eFuel poderá ter escala comercial ainda este ano, isso porque está construindo uma planta piloto Haru Oni, situada na cidade portuária chilena de Punta Arenas.

Quando a primeira etapa for concluída, a alemã terá duas expansões do complexo, uma em 2024 e outra em 2026, saltando a produção, respectivamente, para 55 e 550 milhões de litros de combustível sem uso de petróleo.

Além da Porsche, marcas como Siemens Energy e ExxonMobil também estão envolvidas na produção da nova gasolina sintética. Com o investimento atual da montadora alemã, há a possibilidade de que plantas adicionais no Chile, nos Estados Unidos e também na Austrália sejam desenvolvidas.

Multinacional alemã utilizará eFuel em veículos de corrida

A Porsche planeja utilizar, por ora, o novo combustível em veículos de competição, ou seja, em carros de corrida. Entretanto, futuramente, o eFuel deve estar presente em carros comuns e nas fábricas. De acordo com a empresa, a gasolina sintética deve ajudar na redução das emissões de poluentes.

De acordo com um dos integrantes da equipe de pesquisa e desenvolvimento da Haru Oni, Michael Steiner, a expectativa é que o novo produto contribua na redução de gases poluentes na atmosfera, em motores onde já há a queima de combustíveis derivados do petróleo.

FONTE/CRÉDITOS: CPG
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