O Pará teve o maior número de queimadas no Brasil, entre janeiro e outubro de 2023, segundo dados do Instituto Nacional Espaciais (Inpe). Foram 31.119 focos de incêndio registrados. O estado teve o segundo pior mês de outubro em 25 anos.
Para ambientalistas, as mudanças climáticas ajudaram a elevar a temperatura, em um período normalmente mais seco, facilitando a propagação do fogo em áreas de mata.
Na região sudoeste do estado, equipes foram reforçadas para controlar o avanço das queimadas em Altamira, município com mais focos de incêndio do Brasil. O trabalho dos bombeiros é marcado pela sobrecarga.
"Nós temos uma demanda reprimida que não conseguimos atender, porque são vários incêndios, às vezes, no mesmo horário", relata o major Saimo Costa. "Demandaria um poder operacional gigantesco, então a gente utiliza técnica para proteger residências e o bem das pessoas".
Na reserva extrativista Tapajós Arapiuns o céu foi encoberto pela fumaça. A área fica na região oeste do estado, que vem sendo castigada pela seca. Mesmo com uso do proibido de fogo dentro da reserva, os brigadistas encontram no caminho de mata fechada vários focos de incêndio, e animais com sede. As equipes percorrem distâncias enormes para combater as chamas.
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Comunidades tradicionais na Resex Tapajós Arapiuns — Foto: Divulgação
"Teve dias que eu não consegui chegar perto do fogo, teve dia que a gente cortou mais de 10 árvores no caminho para chegar com carro ou moto", conta o bombeiro Júlio César Galúcio.
"São árvores gigantes e você passa o dia todo cortando árvores só para ter acesso ao incêndio (dentro da floresta)".
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Brigadistas lutam contra o fogo na floresta amazônica. — Foto: Reprodução / TV Globo
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Combate às chamas é dificultoso dentro da floresta. — Foto: Reprodução / TV Globo
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